Quantos professores deve ter um aluno?
Desenho de Antero Valério
A simpatia do Ministério da Educação pelo professor único no 2º ciclo arrisca-se a pauperizar a qualidade do ensino. Isto porque a ministra já nos habituou às suas medidas tipo retro-escavadora que escavaca e atropela tudo e todos. Não seria de admirar que ela fosse movida apenas por mais uma oportunidade de reduzir o número de professores e poupar mais uns cobres no ensino público. Porque sobre a outra recomendação do Conselho nacional de Educação em relação à falta de cobertura pública das crianças entre os 0 e os 3 anos ainda não se lhe ouviu uma palavra. Por outro lado, se as boas práticas parecem recomendar que é prejudicial um número excessivo de professores no 2º ciclo, também é verdade que a monodocência no 1º ciclo é redutora e amiga da privatização de vastas áreas do currículo.
Sobre esta polémica, recomendamos a leitura do seguinte post de Ramiro Marques, em ProfAvaliação:
"Desde 1990, que as escolas primárias de Espanha contam com mais do que um professor na sala de aula. Para além do professor titular da turma, os alunos contam com a presença de um professor especializado no ensino do Inglês, outro especializado em ensino da Música, um outro em Educação Física e outro em Religião. Em certos casos, há também o apoio de um professor especializado no ensino das Ciências. Desde 2004, que 150 centros escolares da Comunidade Autónoma de Madrid introduziram o bilinguismo na escola primária com ensino simultaneamente em Castelhano e em Inglês.
Em Portugal, devíamos optar pela mesma solução. Em vez da inclusão do Inglês nas AEC, devíamos introduzi-lo na componente lectiva. O mesmo se terá de fazer com a Música e com a Educação Física. Se alguma modificação há a fazer é a introdução do Inglês, da Música e da Educação Física na componente lectiva do 1º CEB. No 2º CEB, não vale a pena mexer. O dispositivo actual permite a diminuição da dispersão curricular. Basta que as Ciências e a Matemática sejam leccionadas pelo mesmo professor. E o mesmo para o Português e a História."
Movimento Escola Pública
A simpatia do Ministério da Educação pelo professor único no 2º ciclo arrisca-se a pauperizar a qualidade do ensino. Isto porque a ministra já nos habituou às suas medidas tipo retro-escavadora que escavaca e atropela tudo e todos. Não seria de admirar que ela fosse movida apenas por mais uma oportunidade de reduzir o número de professores e poupar mais uns cobres no ensino público. Porque sobre a outra recomendação do Conselho nacional de Educação em relação à falta de cobertura pública das crianças entre os 0 e os 3 anos ainda não se lhe ouviu uma palavra. Por outro lado, se as boas práticas parecem recomendar que é prejudicial um número excessivo de professores no 2º ciclo, também é verdade que a monodocência no 1º ciclo é redutora e amiga da privatização de vastas áreas do currículo.
Sobre esta polémica, recomendamos a leitura do seguinte post de Ramiro Marques, em ProfAvaliação:
"Desde 1990, que as escolas primárias de Espanha contam com mais do que um professor na sala de aula. Para além do professor titular da turma, os alunos contam com a presença de um professor especializado no ensino do Inglês, outro especializado em ensino da Música, um outro em Educação Física e outro em Religião. Em certos casos, há também o apoio de um professor especializado no ensino das Ciências. Desde 2004, que 150 centros escolares da Comunidade Autónoma de Madrid introduziram o bilinguismo na escola primária com ensino simultaneamente em Castelhano e em Inglês.
Em Portugal, devíamos optar pela mesma solução. Em vez da inclusão do Inglês nas AEC, devíamos introduzi-lo na componente lectiva. O mesmo se terá de fazer com a Música e com a Educação Física. Se alguma modificação há a fazer é a introdução do Inglês, da Música e da Educação Física na componente lectiva do 1º CEB. No 2º CEB, não vale a pena mexer. O dispositivo actual permite a diminuição da dispersão curricular. Basta que as Ciências e a Matemática sejam leccionadas pelo mesmo professor. E o mesmo para o Português e a História."
Movimento Escola Pública
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