segunda-feira, maio 19, 2008

O trabalho que os coordenadores de departamento vão ter a partir de Setembro de 2008


Museu das Artes, em Valência, ontem de manhã
No cenário real de 1 de Setembro de 2008, o Director já terá nomeado os 4 supercoordenadores;

1.alguém acha que essas almas estão vivamente interessados em coordenar 3/4 grupos disciplinares tendo que preparar e fazer n reuniões por mês - 1 CP, 1 Depart, 3 de grupo/disciplina (para já...)?

2. alguém acha que querem ser responsáveis pela avaliação de 20/35 colegas, tendo que delegar em 2/3 outros avaliadores,e tendo que coordenar toda esta "rapaziada"?

Há quem refira que ..."Os colegas titulares estão igualmente sedentos de poder."

Actualmente sou coordenador e titular (seja lá isso o que for) e posicionado no 10º escalão- não ocupei portanto vaga de titular;

A minha leitura da escola, do ensino, do estatuto remuneratório,das relações de poder dentro da minha escola,a minha interpretação do que é a deontologia profissional dizem-me que :

1. não aceitarei o cargo de supercoord. se para tal for nomeado;

2. não entrarei em listas para o C Geral;

Em resumo, não vejo qualquer "vantagem" material ou outra em ser professor titular e assim pergunto: como é que o colega pode tomar a partícula ( a sua escola) pelo todo ( a maioria das escolas portuguesas) ? Tem algum estudo sobre o assunto? É intuição? Acha apenas que vai ser assim, como os treinadores de bancada acham que o Sporting ontem "mereceu" ganhar?


António

Comentário
Não há dúvida que o trabalho vai sobrar para os coordenadores de departamento. Nas escolas secundárias, com a criação dos mega departamentos, o trabalho de avaliar duas dezenas de colegas (em alguns casos, serão três dezenas) vai deixar esses colegas de rastos. É por isso que eu creio que o ME não tem outra alternativa senão simplificar os procedimentos de avaliação. E essa simplificação passará pela redução do número de aulas assistidas e pela redução dos itens das fichas.
In ProfAvaliação

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