Texto (muito bom) retirado do blog de Ramiro Marques
Comentário
1. O PS elegeu o combate aos professores como a bandeira principal. As reuniões de Jorge Pedreira e da ministra com militantes socialistas são quase diárias. Ontem, no Largo do Rato, Jorge Pedreira tentou convencer, mais uma vez, os professores socialistas da "bondade" do simplex dois, atirando as culpas do desentendimento para os sindicatos.
2. Anda tudo numa roda-viva no PS. São so directores regionais a pressionarem os PCEs e coordenadores de departamento. Não têm mais nada que fazer? Onde é que, em 34 anos de democracia, se viu uma pouca vergonha tão grande? E se fizesssem as contas às milhares de horas gastas em propaganda, intimidação e pressões para pôr de pé um modelo de avaliação burocrática impraticável? E se fizessem as contas ao tempo perdido pelos PCEs, que em vez de estarem a cuidar da vida das escolas andam a ser sujeitos a lavagens ao cérebro dignas do KGB e da Gestapo?
3. Os órgãos distritrais do PS não têm feito outra coisa senão discutir e analisar os prejuízos eleitorais que a luta dos professores vai custar ao partido. Fazem-se contas aos lugares, vulgo tachos, que se vão perder. E os mais acintosos tentam convencer os outros de que os votos perdidos à esquerda vão ser compensados com ganhos ao centro-direita. Encomendam-se sondagens. Andam perdidos! Se a luta dos professores se mantiver acesa até às eleições, a vitória dos professores será uma realidade.
4. O que está em causa é muito. Se os professores recuarem, nunca mais poderão contestar o ECD, a divisão da profissão em duas categorias, as quotas e a avaliação burocrática em todo o seu "explendor". Se recuarem e o PS voltar a ganhar com maioria absoluta, só poderão esperar mais infortúnio, humihação e apoucamento. Esta gente do PS é vingativa e mesquinha. Gente má que chegou ao Governo do país e ao comando das instituições, bancos e empresas, não pelo mérito, mas através do polvo em que o partido se transformou.
5. É por tudo isto que a adesão total à greve do dia 3/12 é tão necessária.
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