Alegre contra pressões para a entrada do FMI em Portugal
Manuel Alegre diz que são inaceitáveis as pressões da Alemanha e da França para que Portugal recorra ao FMI e considera que o próximo Presidente da República “não pode lavar as mãos” sobre o assunto.
Manuel Alegre no almoço com sindicalistas em Palmela - Foto recolhida do site manuelalegre2011.pt
O candidato presidencial fez estas declarações num comício realizado na Incrível Almadense, onde intervieram também as deputadas Ana Catarina Mendes do PS e Mariana Aiveca do Bloco de Esquerda.
Segundo a agência Lusa, Manuel Alegre denunciou que “há entre as forças conservadoras nacionais quem esteja interessado na entrada do FMI em Portugal” e acrescentou: “Esperam que o FMI faça aquilo que eles não ousam apresentar a votos, a desregulação completa da nossa sociedade e a destruição completa dos nossos direitos sociais”.
Alegre fez ainda um apelo “a todos os socialistas, comunistas, bloquistas, democratas qualquer que seja a sua filiação partidária, a todos os que se reclamam da doutrina social”, sublinhando:
“Eu sou a garantia de uma democracia com Estado social. Unam-se, mobilizem-se e não deixem que o poder económico domine por completo o poder político e não deixem que os grandes interesses se substituam ao poder democrático saído do povo”.
O candidato acusou ainda implicitamente Cavaco Silva de ter uma concepção de ordem moral característica de um “provincianismo mental”.
“Não é admissível que, em pleno século XXI, tenhamos um Presidente da República que fala da mulher como a fada do lar, que trata do orçamento familiar e dos filhos”, criticou Alegre que defende que “respeitar o que é diferente e combater todas as formas de discriminação é o que faz a grandeza de um país, e não uma visão pacóvia, uma visão fechada para dentro, ou do provincianismo mental tão criticada pelo grande Fernando Pessoa”.
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