quarta-feira, janeiro 12, 2011

Groundforce despede mais 200 trabalhadores

Despedimento de 336 trabalhadores da Groundforce, presidida por Luís correia da Silva, que integra direcção da actual campanha de Cavaco Silva, é “irreversível”. A empresa admite ainda dispensar mais 200 trabalhadores.
A redução de mais 200 trabalhadores resultará da "flexibilização do Acordo de Empresa (AE)” e terá maior impacto em Lisboa, no Aeroporto da Portela. Foto de Luís Forra/Lusa.
A redução de mais 200 trabalhadores resultará da "flexibilização do Acordo de Empresa (AE)” e terá maior impacto em Lisboa, no Aeroporto da Portela. Foto de Luís Forra/Lusa.
Fernando Melo, administrador-delegado da Groundforce, admitiu no Parlamento, onde foi ouvido a pedido do Bloco de Esquerda, que o despedimento dos 336 trabalhadores da empresa de Faro é definitivo e “irreversível”.
Este responsável assumiu ainda que poderão ainda reduzir mais "cerca de 200 trabalhadores em toda a empresa". Esta redução resultará da "flexibilização do Acordo de Empresa (AE)” e terá maior impacto em Lisboa, no Aeroporto da Portela.
O administrador-delegado da Grounforce defende que os despedimentos são necessários para, no mínimo, evitar os 10 milhões de euros de prejuízos previstos para este ano.
Fernando Melo deixou ainda um alerta aos sindicatos: "Temos dez milhões de euros de prejuízos previstos para o próximo ano e vamos ter que nos sentar à mesa com os sindicatos para viabilizar a empresa. Isto porque se a empresa não for viabilizada, no final de 2011 não vão ser atribuídas as licenças de handling à Groundforce".
Sindicato acusa administração de “incompetência”
André Teives, representante do sindicato dos trabalhadores do handling, afirmou à TSF que este anúnio contraria as contratações que têm vindo a ser promovidas ao longo dos últimos anos. O sindicalista lembra que, em 2008, passaram ao quadro 180 trabalhadores, mais 110 em 2009 e outros 80 até novembro de 2010 e que, portanto, não se percebe porque se anuncia agora a dispensa de 200 trabalhadores.
André Teives acusou ainda a administração da Groundforce de “incompetência”, de “não saber o que está a fazer», e de não estar aberta a quaisquer negociações. “Na mesa de negociações, não quer negociar nada e recusa tudo, inclusive quando aceitamos as propostas dele próprio. Não quer renegociar nada e junto dos trabalhadores não tem credibilidade nenhuma”, adiantou este sindicalista.
Presidente da Groundforce integra direcção de campanha de Cavaco
O presidente da Groundforce indicado pela TAP, Luís Correia da Silva, é da direcção da actual campanha de Cavaco Silva, pertencendo ao seu núcleo duro. Luís Correia da Silva já participara na anterior campanha de Cavaco Silva, sendo na altura responsável pelo marketing e eventos. 
Esquerda.net

0 comentários: