“Não havia outra personalidade capaz de derrotar Cavaco Silva”
Francisco Louçã reconhece que o objectivo de levar as presidenciais para a segunda volta e para a vitória de Alegre não foi obtido, mas adverte a direita para que não tenha demasiado apetite para chegar ao poder.
Foto de Ana Feijão
Falando na sede do seu partido, na R. da Palma em Lisboa, o coordenador do Bloco de Esquerda destacou que os resultados eleitorais, que deram a vitória do actual presidente na primeira volta, mostraram também que era a candidatura de Manuel Alegre que mais condições tinha de derrotar Cavaco Silva. “Quero saudar a campanha e fazer chegar a Manuel Alegre um abraço fraterno”, disse Louçã.
Falando em seguida sobre o futuro pós-eleições, Louçã afirmou que é necessária muita coragem num momento em que Portugal está a ser alvo de um ataque especulativo por parte dos mercados financeiros, que querem empurrar o país para o FMI, e também a sofrer com uma política de austeridade que corta os salários dos trabalhadores da administração pública.
O coordenador do Bloco de Esquerda registou que a direita, o PSD e o CDS, já estão a “afiar as facas” diante da expectativa de assaltar o poder. “A direita tem um grande apetite”, ironizou. Para enfrentá-los, afirmou, será necessária a resposta de uma esquerda forte, uma esquerda grande na qual o Bloco de Esquerda está empenhado. “O Bloco de Esquerda está mais forte e mais capaz”, assegurou.
Louça sublinhou ainda que a candidatura de Manuel Alegre não foi uma candidatura de partidos, “foi uma candidatura que deu resposta ao FMI e aos mercados financeiros, contra a austeridade e os cortes de salários”, bem como em defesa dos serviços públicos.
“No momento em que o governo aumentava as taxas moderadoras, a candidatura de Manuel Alegre fez uma defesa clara do Serviço Nacional de Saúde”, enfatizou Louçã, afirmando que “José Sócrates abre o passo à direita quando corta os salários dos trabalhadores. Combater esta política é o papel do Bloco de Esquerda”.
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