Estas justificações foram divulgadas hoje num manifesto que apresenta a argumentação para a oposição das nove entidades que compõem a plataforma - Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), cinco associações empresariais algarvias, Comissão de Utentes da Via do Infante (A22) e duas estruturas sindicais - tal como tinha sido anunciado na segunda feira, após uma reunião na sede da AMAL. No comunicado, a plataforma recorda que a introdução de portagens foi decidida pelo Governo PS, com o apoio do PSD, "contrariando anteriores compromissos políticos que vinculavam a medida à existência de alternativa" à Via Infante. "O traçado da EN125 é caracterizado pelo atravessamento de muitas povoações e localidades densamente povoadas, cruzamentos, semáforos e passadeiras, e o projeto da sua requalificação prevê a criação de mais 84 rotundas. Em resumo, é muito mais uma rua que propriamente uma estrada", entende a plataforma, frisando que se trata de uma das vias "mais perigosas da Europa". No comunicado a plataforma recorda ainda a alta sinistralidade que se regista na EN125 e considera que o previsível aumento do tráfego após a introdução de portagens na A22 vai fazer subir o número de vítimas de acidentes rodoviários nessa via, onde morre uma média de 30 pessoas por ano, tornando-a na "segunda mais mortífera do país", segundo dados ministério das Obras Públicas citados no texto. Outra das preocupações da plataforma refere-se ao "congestionamento da via, sobretudo no verão, com todas as implicações que daí advêm em termos de poluição e muitas horas de perda de tempo, tanto para os locais como para os turistas". "Imagine-se a dimensão que os engarrafamentos em julho e agosto poderão atingir, bem como as suas repercussões na imagem e na atratividade da principal região turística do país", questiona a plataforma. As nove entidades defendem, por isso, que a introdução de portagens na A22 terá "implicações negativas na atividade turística e na economia da região, contribuindo para o agravamento da atual crise". O comunicado está assinado por todas as entidades: AMAL, Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), Associação de Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA), Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), Confederação dos Empresários do Algarve (CEAL), União Geral de Trabalhadores (UGT), Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e Comissão de Utentes da Via do Infante. Na reunião de segunda feira, a plataforma decidiu ainda realizar um fórum debate, a 19 de fevereiro, em Loulé, no auditório do NERA, com especialista de economia e mobilidade, aguardando entretanto pela resposta do ministro das Obras Públicas, António Mendonça, ao pedido de reunião feito na semana passada, após o acordo que deu lugar à constituição da plataforma. Observatório do Algarve |
quarta-feira, janeiro 26, 2011
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