Assembleia Geral do SPGL realizada ontem à tarde recusa moção da direcção e aprova moções que recusam o entendimento com o ME
Moção da direcção do SPGL é derrotada e as 3 moções apresentadas pelas oposições são aprovadas
Que significa isto?
1) que a direcção executiva do SPGL já nem sequer controla os dirigentes que ela própria escolheu. O SPGL vai ter de cumprir o que está nas moções aprovadas. Se teve quorum para aprovar a compra do edifício onde se encontra a sede do sindicato, decidida no primeiro ponto da Ordem de Trabalhos, também tem quorum para as decisões radicais que foram aprovadas.
2) que é o princípio do fim deste Ministério da Educação. Embora a minha moção fosse a única que dizia claramente que o SPGL deveria bloquear toda e qualquer negociação com o ME até à nomeação de uma nova equipe, o resultado será idêntico na medida em que o SPGL será obrigado a abandonar o "Memorando de Entendimento" assinado com a ministra. O SPGL é o maior e mais importante sindicato de professores do país. Esta retirada terá consequências nacionais.
3) que o movimento sindical dos professores vai sofrer uma impressionante reviravolta.
4) que Portugal pode mudar.
5) que amanhã não envio a carta registada com o pedido de demissão de sócio do SPGL e com o cartão de sócio que já tinha preparada.
Notas soltas: quero saudar a Carmelinda Pereira, seus camaradas e apoiantes, que votaram a favor da aceitação da minha moção, pela sua perseverança, paciência (que eu não tenho para lidar e aturar os "aparteniks") e dedicação à causa dos professores. Quero saudar o Vasconcelos que foi quem, esgrimindo com os estatutos do SPGL, obrigou a mesa da assembleia-geral a aceitar a minha moção fora de horas e a levá-la à AG, onde a maioria dos presentes decidiu não a deixar seguir para votação.
Álvaro S. Teixeira
In blog Alma Perdida
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