Ontem andei aqui às voltas a pensar escrever um post sobre a festa de aniversário do PS e do discurso do Engenheiro. Todas as minhas ideias para a imagem me saíram mal, (já me começa a faltar a imaginação para retratar esta gente sempre igual) e também acabava sempre a dizer o que já disse e redisse vezes demais.
A ideia que retive desse discurso foi a de um sorridente Sócrates a dizer que já tinha saudades de ser chamado de “camarada”. Duvido que tenha saudades de tal coisa e, quem só é amigo e solidário consigo próprio, não merece ser tratado dessa forma. O que procurou fazer foi um discurso a olhar para o seu lado esquerdo, para aqueles que o acusam de insensibilidade social e de defender os valores do liberalismo capitalista e que se está bem borrifando para todos nós. O Engenheiro sabe bem que nas próxim, as eleições o maior perigo à sua maioria absoluta não vem da sua direita, com um PSD esfrangalhado e sem conserto e um CDS mais interessado em apanhar umas laranjinhas do quintal do vizinho que em apanhar as rosas socialistas. É à sua esquerda que está o problema, com muita gente farta desta politica de tudo dar a uns e nada a outros. Fartos deste discurso das novas politicas sociais que nada mais são que a institucionalização da pobreza, a aceitação da inevitabilidade de muitos terem de viver ao nível da miséria. Fartos dos discursos prepotentes e de um autoritarismo que não víamos desde os tempos do “Botas” e do Cavaco. Fartos da mentira, do engano e da injustiça social, da perda de direitos e de poder de compra. Fartos dele. As últimas sondagens parecem mostrar isso mesmo e são o BE e o PCP os partidos que parecem ganhar mais força e sobem nas intenções de voto. Espero que, uma vez mais, este nosso povo não se deixe enfeitiçar por este canto da sereia, por mais estas mentiras e aldrabices. Espero que tenham a memória do que tem sido a sua governação e que lhe atirem à cara com um enorme “Não”, nas próximas eleições. Eu, pelo meu lado não me vou cansar de lembrar a todos, seja aqui no blog, no trabalho, nos transportes, nos cafés, nas ruas em todo o lado, daquilo que foi a sua governação. Há que manter viva a memória e não deixar que medidas eleitoralistas façam esquecer o inferno dos últimos anos. É que ter camaradas como o engenheiro, não obrigado.
In blog wehavekaosinthegarden.blogspot.com
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