terça-feira, abril 15, 2008

PROFESSORES DA ESCOLA D. MARTINHO DE CASTELO BRANCO DE PORTIMÃO REJEITAM EM BLOCO O ACORDO

Hoje, na discussão do Dia D, todos os professores presentes na reunião rejeitaram por unanimidade o Memorando de entendimento entre a Plataforma Sindical e o ME. Os professores sentem-se desiludidos e alguns até revoltados com o Memorando, dizendo que a Plataforma Sindical cedeu às pressões e chantagens do Ministério da Educação. Os professores não aceitam a divisão da carreira em duas categorias e acham estranho a proposta de mais um escalão no topo da carreira, quando o objectivo deve ser o de acabar com este modelo de separação entre os professores. Um outro aspecto muito debatido foi o da avaliação do desempenho, visto não se ter conseguido a sua suspenção e o modelo continuar a ser o mesmo para o ano. Também não aceitam o facto de terem de pagar a formação contínua do seu bolso, caso a administração não faculte formação gratuita para o próximo ano - não deverão ser penalizados por isto. O Memorando nada refere sobre este aspecto, apenas menciona neste ano lectivo. Por outro lado a formação está a ser muito pesada para os professores, com a exigência de muitos trabalhos, muito esforço despendido e até deslocações longe da residência. Quanto ao novo modelo de gestão os professores nada ganharam, apenas foi conseguido um prolongamento do prazo para a sua implementação.
A Plataforma ainda está a tempo de não assinar o Memorando e continuar com a luta. Não podemos ceder à chantagem e à pressão do governo. Não se pode jogar fora a força de 100 mil professores. A luta deverá continuar.
Entretanto Ana Benavente referiu à comunicação social que os Sindicatos cederam à pressão do Ministério da Educação.

1 comentários:

John Holmes disse...

Infelizmente, Mário Nogueira vem dizer que os professores deram um Sim em massa ao memorando.
Na minha opinião, a grande maioria dos colegas que, por todo o país, deram o seu sim a esta proposta, não tem uma noção concreta do que está em jogo no próximo ano lectivo.
Uma outra questão que importa levantar neste momento é o porquê desta anuência tão dócil, por parte da plataforma de negociação, às propostas do ME.
Não saberão eles que é deixar uma porta aberta por onde o ME deixará entrar todas as políticas que tem vindo a preconizar contra os Professores?
E porque razão vem Mário Nogueira afirmar que não serão tomadas mais acções de luta até ao final do presente ano lectivo?
O grande erro dos Sindicatos foi exactamente esse: Abrandar as formas de luta logo após a Manifestação de 8 de Março, o que veio, inevitavelmente, a tirar as reivindicações dos Professores da primeira linha dos blocos noticiosos e, consequentemente, do debate ao nível do país.
Uma outra questão que a meu ver tem sido mal gerida e discutida ao nível da comunicação social, é a de que a manifestação de 8 de Maio foi uma manifestação contra a Avaliação de Professores. De facto, nunca tal argumento deveria ter sido a pedra basilar de tal manifestação, uma vez que ninguém, repito, NINGUÉM, sabia concretamente em que moldes é que essa avaliação se processaria.
Que imagem transparece para a opinião pública quando a grande maioria dos colegas abordados pelos media, se indignam contra a avaliação e depois não sabem concretizar o que, a seu ver, está errado na avaliação. Isto apesar de tantos "... os professores não estão contra serem avaliados."
A Manifestação de 8 de Maio só pecou por duas razões. Por ser tardia e por não ser simplesmente contra aquilo a que todos nós nos opomos: A discriminação e injustiça que a divisão da carreira docente, em titulares e "meros" professores, representa!