O sucesso estatístico em aceleração constante. A urdidura está montada e a grande mentira estará concluída em Julho de 2009
1. À medida que se aproximam as eleições legislativas, a máquina de propaganda do Governo acelera. Sem resultados visíveis na saúde e na economia, o Governo lança a maior manobra de propaganda de todos os tempos na área da educação. Para isso, serve-se dos muitos milhões de euros que retirou aos professores, por força dos congelamentos nas progressões, atirando-os para os bolsos das grande empresas de telecomunicações de Internet. É isso o Plano Tecnológico da Educação. Veremos quem vai pagar a manutenção, a conservação e a assistência técnica desses equipamentos: cartão electrónico do aluno, câmaras de videovigilância nas escolas, quadros interactivos, videoprojectores, computadores e banda larga.
2. A par da propaganda em torno do Plano Tecnológico da Educação, o Governo prepara-se para divulgar a grande mentira como se fosse a grande verdade. E vai fazê-lo com textos semelhantes a este: "No ensino básico, a taxa de retenção e desistência cai de 15,5 por cento, em 1996/1997, para 8,3 por cento no último ano lectivo, comparativamente com 10,8 por cento em 2006/2007 e com 12,2 por cento em 2004/2005. A desagregação da informação revela taxas de 3,9 por cento no 1.º ciclo, de 8,4 por cento no 2.º ciclo e de 14,7 por cento no 3.º ciclo – todas a resultarem de ganhos importantes, seja em relação ao ano anterior, seja em relação ao passado recente. Em relação ao ano lectivo de 2004/2005, estes valores representam melhorias, respectivamente, de 1,7 pontos percentuais, de 5,0 pontos percentuais e de 5,9 pontos percentuais. Neste mesmo período de tempo, assiste-se, no 1.º ciclo, a um ganho de quatro pontos percentuais na taxa de retenção e de desistência do 2.º ano, que baixa para 7,4 por cento. No 2.º ciclo, os ganhos são importantes nos dois anos, com a taxa do 5.º ano a melhorar 5,3 pontos percentuais face a 2004/2005 e a do 6.º ano a cair 4,6 pontos percentuais. Já no 3.º e último ciclo do ensino básico, destaque-se o 9.º ano, que apresenta uma taxa que é inferior à de três anos em 6,9 pontos percentuais, ao fixar-se nos 14,3 por cento. In Portal do ME .
Comentário
Logo que sejam conhecidos os primeiros resultados do processo de avaliação burocrática de desempenho (Julho de 2009), ver-se-á mais uma grande redução na taxa de abandono e de retenção. MLR dirá que é por causa do Pim Pam Pum, das aulas de substituição e do Plano Tecnológico da Educação. Mas toda a gente sabe que, no próximo ano lectivo, os professores não vão reprovar ninguém. E não vão reprovar ninguém porque a classificação que lhes vai ser atribuída no final do ano lectivo reflectirá os resultados escolares dos seus alunos. E também deixará de haver alunos a abandonarem a escola porque os pais e os alunos sabem que o novo Estatuto do Aluno possibilita a transição de ano mesmo para aqueles que não foram às aulas e nem sequer se deram ao trabalho de justificar as faltas. A urdidura está montada. Nada lhe falta para funcionar. A construção da grande mentira ficará concluída em Julho de 2009.
ProfAvaliação
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