quarta-feira, setembro 24, 2008

Um powerpoint que ensina como definir os objectivos individuais. Um powerpoint complexo ou esclarecedor?


1.Apresento, de seguida, um powerpoint sobre definição de objectivos individuais. Na minha opinião, exagera na complexidade. Não revelo a escola onde ele está a ser usado como modelo por respeito para com os professores.Tenho em meu poder as fichas de avaliação de desempenho dessa escola. São de uma complexidade e exigência tais que nem me atrevo a divulgá-las. Se essas exigências quantitativas fossem cumpridas, os professores seriam obrigados a permanecer na escola mais de 50 horas por semana. Este é um exemplo de que há escolas que são mais papistas que o Papa. Pergunto: O que é que sindicatos estão à espera para agirem no sentido de pôr termo a estes disparates? Para que servem os serviços jurídicos dos sindicatos? Onde estão? O que fazem?
2. Já depois de ter feito esta crítica ao powerpoint, recebi um comentário da colega Maria Lisboa. Como os textos da Maria Lisboa são sempre inteligentes, deixo aqui a argumentação usada. Maria Lisboa considera que este powerpoint, ao contrário das críticas que eu apontei, é um documento esclarecedor: aponta uma caminho correcto para a definição dos objectivos. A colega Isabel deixou um comentário que aponta no mesmo sentido.

"Para mim esta é das melhores bases de trabalho, a nível da definição de objectivos que tenho encontrado tanto na net, como em documentos de que tenho tido conhecimento, nomeadamente em alguns fornecidos por "formadores". Talvez não fosse preciso escalpelizar os objectivos, indicando todos os seus patamares, mas talvez assim se perceba a relação entre aquilo para que se pretende contribuir e aquilo que se vai fazer para lá chegar.
Era o que eu apontava, há uns tempos. Para reduzir a taxa de insucesso em tantos %, tenho que me propor fazer um determinado número de acções que levem à melhoria do aproveitamento. E é pela concretização dessas acções que tenho que ser avaliada. E para isso tem que haver níveis de consecução. Por exemplo, proponho-me fazer, ao longo do ano, 10 fichas extra para os alunos com dificuldades. É sobre este aspecto que tenho que prestar contas. Fiz 10, fiz 5, fiz 15. É para estes números que tem que ser definida uma espécie de escala para se poder atribuir o nível de consecução. Não posso simplesmente dizer que quero reduzir a taxa de insucesso porque com isso só me posso prejudicar.
Como também dei o exemplo, em tempos, na minha escola o objectivo definido é a redução de 1,5% no insucesso. Numa turma, de 18 alunos, no ano passado, tinha, apenas, 1 nível negativo. Esse nível negativo dava-me, 5,5…% de insucesso. Se não houver mais nada que me defenda, estou sempre “lixada”!" (Maria Lisboa)


E no mesmo sentido se pronunciou a colega Isabel:
"Talvez o ppt exagere. Mas, mostra claramente o que algumas pessoas não compreenderam: Definir objectivos é indicar os resultados esperados (não é referir estratégias ou competências).
No final cada um vai ter de "prestar contas" ao PCE, pelos resultados que obteve na sua auto-avaliação.
Eu também não gosto do 2/2008, mas é claro da sua leitura que o Coordenador avalia competências e o PCE avalia resultados.
Penso que de qualquer maneira pode-se tentar uma situção intermédia: que possam constar como indicadores de medida algumas "qualidades do processo", que o PCE pode retirar de relatórios, etc (mas sem dúvida que será mais complicado para ele)." (Isabel)




3. Importa ainda ter presente que os objectivos individuais só devem ser apresentados depois de o CGT ter aprovado as metas e objectivos da escola. É ilegal a apresentação de objectivos individuais sem que, antes, tenham sido aprovadas as alterações ao Projecto Educativo e ao Plano Anual de Actividades.
ProfAvaliação

0 comentários: