Milhares de trabalhadores celebram 1º de Maio com críticas ao governo |
01-Mai-2008 | |
Sob o lema "respeitar os trabalhadores, mudar de políticas" cerca de 80 mil manifestantes dos distritos de Lisboa e Setúbal, afectos à CGTP, desfilaram do Martim Moniz até à Alameda D.Afonso Henriques gritando palavras de ordem como "O código do trabalho não passará", "a precariedade é injusta, os jovens estão em luta". A manifestação foi encabeçada por um grupo de bombos e colorida por bandeiras sindicais. No Porto, os manifestantes afectos à CGTP lembraram que "as propostas do governo, em vez de suavizarem as medidas mais gravosas do actual Código de Trabalho, ainda as vêm agravar". João Torres criticou particularmente as medidas anunciadas pelo executivo com a intenção de combater o trabalho precário, considerando que "o governo não consegue enganar os sindicatos e os trabalhadores". "A proposta do governo é como um gato escondido com o rabo de fora. Nós já vimos o gato e já vimos o rabo", frisou o dirigente da CGTP. Terça-feira, o Conselho Nacional da CGTP vai reunir para decidir as formas de luta a adoptar e João Torres frisou que "nenhuma está excluída, nem sequer a greve geral". Pela primeira vez a UGT organizou um desfile em Lisboa, em vez da tradicional concentração junto à Torre de Belém. Foram entre 20 a 30 mil os trabalhadores que percorreram a Avenida da Liberdade, concentrando-se no Rossio, com o lema"contra a precariedade, empregos de qualidade". João Proença, secretário-geral da UGT, adiantou à Lusa que a manifestação de rua "não tem a ver com a conjuntura actual, relacionada com a revisão do código de trabalho" uma vez que já estava programada "há muito tempo". |
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