Bonecos do Poder
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CIDADÃOS! ERGAM-SE E LUTEM! LUTEM! LUTEM POR UM MUNDO MELHOR, MAIS JUSTO, MAIS SOLIDÁRIO E COM JUSTIÇA SOCIAL! TODOS TÊM DIREITO À FELICIDADE! PELA EUROPA DOS POVOS!
Colóquio em Lisboa sobre Mário Castelhano, uma vida militante pela liberdade | ![]() | ![]() |
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Contra as medidas de austeridade e o roubo nos salários | ![]() | ![]() | ![]() |
Assistimos por toda a Europa à resistência e luta dos Povos contra as “diversas modalidades” com que os governos investem contra os direitos dos trabalhadores, cortam nas prestações sociais, reduzem os custos do trabalho baixando os salários de forma directa e também indirectamente pela via do aumento dos impostos. Tudo isto em nome da consolidação orçamental, ditada pela UE / BCE, que resulta no aumento da transferência de capital para o sistema financeiro ou seja: os Bancos, que querem tapar os buracos das suas contas e aumentar os lucros. Mas esta imposição sobre os povos agrava de forma brutal os níveis de pobreza, as desigualdades sociais, provocando mais desemprego e precariedade. Colocam em causa o Estado Social e os direitos conquistados, activando respostas: As muitas greves gerais (sete) realizadas este ano e as lutas em curso na Grécia; a greve geral no passado dia 29 de Setembro em Espanha com mais de 70% de adesão e que forçou a uma remodelação governamental (para que tudo fique na mesma); os fortes protestos que estão a acontecer em países do Leste. A importante acção de luta a nível europeu promovida pela CES (Confederação Europeia de Sindicatos) em 29 de Setembro e outra que se anuncia já para o próximo dia 16 de Dezembro de 2010, que pode finalmente ser o início da coordenação das lutas a este nível e que nos permita aumentar a sua intensidade. A posição dos sindicatos britânicos (TUC) de anunciarem luta, greves intersindicais e coordenadas local e nacionalmente (veja-se o metro de Londres, que já vai na segunda greve contra os despedimentos e estão marcadas mais duas para 2 e 28 de Novembro), mesmo antes da concretização por parte do governo conservador-liberal dum plano de austeridade que prevê aumento de impostos, cortes brutais nas prestações sociais e o despedimento de 500 mil trabalhadores da função pública. A imensa luta que é travada em França, contra o aumento da idade da reforma para os 62 anos e direito das pensões por inteiro para os 67 anos, levou a grande manifestações por todo o país e greves em diversos sectores, chegando ao bloqueio de doze refinarias e ao envolvimento dos estudantes na luta, conta também com o apoio da grande maioria da população o que leva a mais mobilizações populares com novas jornadas convocadas para 28 de Outubro e 6 de Novembro. Importa realçar a unidade na acção das sete centrais sindicais. Estes grandes exemplos de luta na Europa e outros que ocorrem noutros pontos do Mundo devem servir-nos para em Portugal construirmos uma enorme Greve Geral que seja dos que trabalham, dos desempregados, precários, reformados, estudantes, que seja um amplo movimento de toda a sociedade. Não faltam razões para participar nesta Greve Geral convocada pela CGTP, à qual se juntou a UGT. Reagir às medidas injustas que o governo apresentou no PEC 3 e agora no OE/2011 é fundamental para defender os salários, as pensões, o subsídio de desemprego, o emprego digno, o direito ao SNS e à educação pública. Protestar contra o aumento do IVA e dos impostos que atingem maioritariamente as classes com baixos rendimentos é mais uma razão de luta a acrescentar para fazer a greve geral. O argumento da inevitabilidade destas medidas anti-sociais, tão propalado pelos “opinadores do costume” na comunicação social, é demagógico, e não passa do eco do Governo apoiado pelo PSD e CDS embora disfarçado com tangos e outras “tangas”. É preciso vencer a ideologia do “sacrifício” antes que ela nos vença, porque a uma fase de sacrifícios segue-se outra, e a isso é preciso Dizer Não. A defesa do bem-estar social e da qualidade de vida das classes populares é uma Exigência de que não abdicamos. Existem alternativas a estas políticas recessivas de somar crise à crise. A CGTP e os partidos políticos de esquerda, como o BLOCO, têm propostas para estimular o investimento que cria emprego, dinamizar a procura interna, criar justiça fiscal e melhorar a distribuição do rendimento para reduzir a pobreza e proteger os salários. Esta Greve Geral serve ainda para exigir uma alteração de políticas e tornar-se num enorme protesto popular em defesa do Estado Social. Para tal é necessário criar uma dinâmica que seja imparável na formação de “piquetes de greve” que a defendam com força nos locais de trabalho e ao mesmo tempo ganhar a rua das nossas cidades fazendo concentrações e manifestações onde seja possível. A Greve Geral é uma resposta forte e solidária à crise, ao desemprego, ao roubo fiscal e salarial. Façamos do dia 24 de Novembro, o início duma luta muito mais forte em Portugal e na Europa. Francisco Alves – dirigente sindical A Comuna |
Em Novembro fazemos a luta toda | ![]() | ![]() | ![]() |
Assombrados pela crise e por mais austeridade, os portugueses estão hoje mais alerta e por isso mais susceptíveis aos movimentos sociais de contestação a este governo. Novembro é um mês importante para a esquerda, um mês trabalhoso mas também um mês de conquistas. A necessidade de um estado socialista ergue-se pelas fendas que o grande capital abriu nele próprio. Novembro é tempo de revolta, é tempo de ir para a rua e fazer a luta toda. Existem 3 pontos essenciais que são necessários definir e pensar durante esse mês que aí se avizinha. Três pontos sinónimos do nosso Portugal, 3 pontos de reviravolta, 3 pontos de luta. Todos estes pontos são formas de manifestação legítimas, necessárias e urgentes. Começo pelo primeiro: A manifestação do Ensino Superior no dia 17 de Novembro. Mais um ano, mais contestação. É o que geralmente acontece quando nada muda. Em finais de 2010 os estudantes voltam à rua, e cada vez que voltam, voltam com mais razão, com mais força e motivação. Devemos concentrar energias na mobilização e na divulgação deste protesto. Mas não deve ser apenas o ensino superior que deve emergir nesta luta, também o secundário tem razões para protestar, e cada vez mais. Custa-me ver velhas bandeiras de luta tornarem-se meras banalidades quando ainda nada mudou. Não nos podemos esquecer dessas políticas e devemos cada vez mais investir em novas formas de luta e nunca, mas nunca parar. No próximo dia 5 de Novembro iremos relançar, em Coimbra, o Movimento Estudantil através do Encontro de Activistas Estudantis do Bloco de Esquerda. Um espaço aberto onde atacaremos o conformismo e definiremos as estratégias para que o Movimento Estudantil ganhe forças para a grande luta que está para vir. Como segundo ponto temos a contra-cimeira da NATO. A NATO tem vindo a discutir o seu novo conceito estratégico, um conceito que impõe a uma suposta organização pela paz, as velhas ideias imperialistas com rosto e linguagem nova. Quem é Anti-Guerra é Anti-NATO, não há volta a dar e este é um aspecto fulcral para quem vê a NATO. Esta é uma luta que não podemos esquecer, uma luta que devemos elevar à escala mundial. A NATO é o que sempre foi: um braço do capital, um braço armado. Arma essa que através da militarização impõe as suas condições ao mundo, cobrindo tudo isso com uma alegada intenção de paz. A NATO está por estes tempos na agenda nacional e deve estar principalmente na nossa agenda. Para que façamos todo o nosso activismo e contestemos a todo o custo a NATO e a Guerra. O terceiro ponto deste mês de Novembro é a Greve Geral de dia 24, e esta será certamente a manifestação com maior adesão e maior força. Após mais um plano de austeridade que atinge de forma fatal os portugueses em geral, o proletariado precisa de manifestar a sua revolta na rua. Tudo isto devido à quase certa viabilização do Orçamento de Estado por parte de mais um PS, desta vez com D. Mais uma vez este governo mostrou-nos como piorar uma crise. O cúmulo é que a crise chegou à própria crise. Agora, o Partido “Socialista” lançou uma nova promoção: pagas uma crise e levas duas! Não bastava uma crise económica que paira sobre toda a Europa, por isso, este governo decidiu criar mais uma: uma crise social que se irá fazer ouvir e sentir nas ruas já no próximo dia 24 de Novembro! Os trabalhadores são mais uma vez o alvo de um governo cobarde que não tem coragem de atacar o grande sistema capitalista. Novembro é mais um mês de luta para nós, mas é também um mês de esperança para dez milhões de pessoas. É nisso que a esquerda se deve focar e é por isso que nos devemos bater. André Moreira A Comuna |