segunda-feira, outubro 04, 2010

Bloco apresenta projecto para revogar portagens nas SCUT

O Bloco entregou na AR um projecto de lei para revogar as portagens nas SCUT e apela a uma grande participação na jornada nacional de protesto, na próxima sexta feira.
Marcha lenta contra as portagens nas SCUT, Porto, 17 de Abril de 2010 – Foto de José Coelho/Lusa
Marcha lenta contra as portagens nas SCUT, Porto, 17 de Abril de 2010 – Foto de José Coelho/Lusa
Em conferência de imprensa no Porto, deputados do Bloco dos círculos eleitorais que são atravessados pelas 3 SCUT (Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata), que vão ser portajadas a partir de 15 de Outubro, apresentaram o projecto de lei do Bloco para revogar as portagens nessas vias (aceda aqui ao projecto na íntegra).
O Bloco defende que as SCUT não sejam portajadas porque “os indicadores socioeconómicos das regiões atravessadas pelas SCUT são muito abaixo dos indicadores nacionais e não há de facto alternativas de circulação para as pessoas e para as empresas que habitualmente utilizam as SCUT”.
“Num momento em que o país atravessa uma tão pesada crise económica e social, mais portagens – que é aquilo que alguns autarcas do PS e do PSD propõem – irão agravar ainda mais o problema”, afirmou o deputado João Semedo na conferência de imprensa.
Semedo disse ainda que o Bloco tudo fará para que o projecto de lei seja debatido no parlamento antes de 15 de Outubro, dia em que começam a ser portajadas as 3 SCUT.
O deputado do Bloco salientou também que a revogação só poderá ser aprovada se o PSD votar a favor, mas uma vez que “o que o Governo aprovou não vai ao encontro daquilo que o PSD foi definindo como condições para estar de acordo”, o deputado espera “que o PSD seja coerente com o que disse e se disponibilize a recusar e revogar as portagens nas SCUT”.
Na conferência de imprensa, o Bloco apelou ainda à participação na jornada de luta nacional convocada pelos movimentos contra as portagens nas SCUT. O deputado João Semedo realçou: “Um grande protesto nacional não deixará de ser ouvido no Parlamento pelos vários grupos parlamentares e não deixará de influenciar a decisão”.
Esquerda.net

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