Perto de 20 automóveis, e outras tantas motas a juntar ao trânsito de sexta-feira à tarde e a uma boa dose de chuva, foram o suficiente para entupir a Estrada Nacional 125, entre Boliqueime, em Loulé e a localidade de Ferreiras, Albufeira.
Em marcha lenta, às vezes mesmo parada, os 17 quilómetros deste troço da EN125, que ocasionalmente apresenta até duas faixas de rodagem no mesmo sentido foram hoje à tarde feitos debaixo de alguma chuva e de muitas buzinadelas, ainda que o protesto não tenha tido grande visibilidade por não abarcar áreas urbanas e de maior tráfego, como é o caso da capital, Faro.
"Este primeiro protesto supera claramente as nossas expectativas, tendo em conta que esta Comissão tem pouco mais de quinze dias", afirma João Vasconcelos, porta-voz da Comissão Anti-Portagens na A22.
Via do Infante só é 1/3 de SCUT
"É um teste a que os cidadãos algarvios responderam em geral e aqui se demonstra que a 125 não é qualquer alternativa à Via do Infante. A Via do Infante não se enquadra no perfil de SCUT tendo em conta que foi financiada por fundos da Comunidade Europeia e por fundos do Orçamento de Estado. Apenas um terço se enquadra nesse perfil, mas se olharmos para o perfil técnico não preenche qualquer requisito de autoestrada", acrescenta Vasconcelos, um dos mentores do protesto.
José Manuel Estevens, um dos aderentes ao protesto que veio de Vila Real de Santo António, disse ter aderido ao à manifestação, por considerar que a A22 não é tecnicamente uma autoestrada".
"Isto é uma via que dá desenvolvimento à economia da região e com a introdução de portagens a entrada de estrangeiros vai ser menor, sobretudo de espanhóis e as receitas não ver suficientes para superar essa perda", explicou, considerando que o protesto é transversal a todos os partidos.
Nos cartazes ostentados nas viaturas, podia ler-se "Via do Infante não é uma SCUT, Governo aldrabão", "Algarve não paga portagens na A22, a EN-125 não é alternativa" ou "Portagens na A22, não obrigada".Segundo o movimento contra as portagens, este protesto foi apenas o início, estando previstas para breve novas formas de luta, que poderão ser 'mais duras'.
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