quinta-feira, outubro 28, 2010

China está de acordo com as políticas de Sócrates

A China está disponível para comprar títulos do tesouro português. “Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal”, disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa.
China está de acordo com as políticas de Sócrates
No início de Outubro, em Atenas, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que “a China apoia a estabilidade do euro e não reduzirá a sua carteira de títulos europeus“. Foto Goldemberg Fonseca/Flickr
“A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções”, disse a vice-ministra dos Negócios Estrangeiras chinesa, Fu Ying, ao ser questionada pela Lusa em Pequim sobre a possibilidade de a China adquirir parte da dívida portuguesa.
Segundo realçou, “a Europa tem sido sempre um dos principais mercados para o investimento das reservas da China em divisas”. “Temos vontade para participar nos esforços dos países europeus para recuperar da crise”, afirmou Fu Ying, antiga embaixadora da China em Londres e responsável pelas relações com a Europa.
Referindo-se ainda a Portugal, Fu Ying manifestou-se confiante que o país conseguirá ultrapassar a crise actual. “Acreditamos que as medidas tomadas pelo Governo português conduzirão à recuperação dos sectores económico e financeiro de Portugal”, disse.
Fu Ying falava num encontro com os jornalistas sobre a anunciada visita de Estado do Presidente chinês, Hu Jintao, a Portugal e à França, durante a próxima semana.
O Presidente da República Popular da China, Hu Jintao, visitará Portugal nos dias 6 e 7 de Novembro, acompanhado por uma comitiva de vários membros do Governo chinês e cerca de 50 empresários. Será recebido pelo Presidente da República português, Cavaco Silva.
A visita de Estado de Hu Jintao acontecerá alguns dias antes da França assumir a presidência do G20, a 12 de Novembro. A visita deverá permitir a assinatura de acordos, nomeadamente nos domínios da aeronáutica com a Airbus e da energia nuclear, indicou fonte informada citada pela Lusa.
China: a segunda maior economia do mundo
Depois de três décadas com um crescimento médio de cerca de 10 por cento ao ano, a economia chinesa é hoje a segunda maior do mundo, a seguir aos Estado Unidos, e após a crise financeira de 2008 passou a ser considerada “um motor da recuperação global”. Pelas contas do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescerá 10,5 por cento em 2010.
Embora continue a assumir-se como “um país em vias de desenvolvimento”, a China possui as maiores reservas em divisas do mundo: 2,65 biliões de dólares (1,92 biliões de euros), segundo os números de Setembro passado. Cerca de um terço está investido em títulos do tesouro norte-americano, mas sobra ainda muito dinheiro.
Um professor do Banco Central, Wang Yong, defendeu a compra da dívida pública de Portugal e de outros países europeus para ajudar a Europa a sair da crise e tentar limitar a três por cento a valorização da moeda chinesa reivindicada pela administração norte-americana.
Num artigo publicado na semana passada, em Pequim, Wang Yong sustenta que a China deve formar alianças com outros países – incluído Portugal, Grécia, Irlanda e Itália – para evitar que os Estados Unidos consigam reunir uma coligação para obrigar o governo chinês a valorizar o yuan.
"Os chineses não gostam de falar nestas coisas em público”, disse um diplomata europeu acerca da possibilidade de o assunto ser abordado durante a visita do Presidente Hu Jintao a Portugal e França, na primeira semana de Novembro.
No início de Outubro, em Atenas, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, limitou-se a reafirmar que “a China apoia a estabilidade do euro e não reduzirá a sua carteira de títulos europeus“.
Esquerda.net
Comentário:
Que dirá o PCP desta posição dos seus amigos chineses? Mais uma vez vai ignorar estas chinesices?

1 comentários:

A CHISPA ! disse...

Está a ver J. Vasconcelos, esta sua atitude em relação ao PCP é que se pode considerar de sectária, quando ambos os partidos defendem a mesma coisa para a economia portuguesa.

Onde está a diferença entre o BE e o PCP nesta matéria, é por ser agora a China capitalista a querer comprar a divida portuguesa? Mas antes o BE não defendeu o mesmo, quando considerou que a Alemanha devia "ajudar" a Grécia para que esta não cai-se na banca rôta? Qual é afinal a diferença entre a China e a Alemanha?

Ouviu as últimas declarações do M.Alegre sobre o "desacordo" entre o governo e o PSD sobre o OGE, maior transparência que aquela é impossivel demonstrar, o que quererá dizer que todos quanto o apoiam estão também a favor do "novo" OGE e das medidas de austeridade nele contidas,para evitar um mal maior para o país.

Não se esqueça de responder ao comentário da A CHISPA!

A CHISPA!