Ainda o protesto anti-portagens no AlgarveA manifestação anti-portagens, que entupiu a EN 125 durante uma hora | ||
Sem figuras públicas ou líderes partidários, foram anónimos que se fizeram à estrada, em protesto, depois da saída do emprego. Albufeira concentrou marcha lenta. Mais do que buzinar contra a introdução de portagens na Via do Infante, algumas centenas de algarvios preferiram fazer-se à EN 125, num protesto silencioso e anónimo. Bem longe do cenário de 2004, quando forças públicas e políticas se juntaram para dizer «não» às portagens, na passada sexta-feira não houve autarcas, nem associações empresariais a dar a cara. Aparentemente, o confronto político parece ter sido depositado nas mãos da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal), entidade que já solicitou uma reunião ao primeiro-ministro, para pedir o adiamento da cobrança de portagens. Apesar de à hora marcada (17h00) para o início do protesto, em Boliqueime (Loulé), os manifestantes não ultrapassarem a dezena e as forças policiais estarem em número superior, os congestionamentos vieram depois. É que, com a deslocação da caravana de protesto para a zona de Alcantarilha, juntamente com a adesão de outros manifestantes, em especial na zona da Guia, depois da hora de saída dos empregos, as filas de trânsito foram engrossando. Por volta das 18h00, o percurso de três quilómetros entre a Patã e o primeiro cruzamento de Albufeira demorou mais de 20 minutos a ser percorrido. Já no trajeto entre Boliqueime e Alcantarilha, o tempo de espera era superior a uma hora. O cenário contrastava, contudo, com as entradas e saídas das cidades de Faro e Portimão onde, além da fraca adesão ao buzinão, o trânsito era o considerado normal. Em declarações ao «barlavento», já depois do término da manifestação, por volta das 20h00, o líder da Comissão de Utentes da Via do Infante, entidade organizadora do protesto, disse terem aderido à ação «centenas de automobilistas». O balanço final de João Vasconcelos contrastou com as perspetivas estimadas duas horas antes, quando afirmara que os poucos participantes iniciais podiam ser justificados com o mau tempo que se fazia sentir e com o curto prazo de divulgação. No futuro, Vasconcelos garantiu que outros meios de contestação «mais radicais» estão a ser equacionados, como o condicionamento de estradas, nomeadamente o acesso ao Aeroporto de Faro. «Estamos igualmente a preparar uma assembleia para ouvir as pessoas e iniciámos contactos com associações comerciais e empresariais», revelou. A manifestação contra a introdução de portagens na Via do Infante decorreu em paralelo com outras, a nível nacional e à mesma hora, promovidas pelas várias comissões de utentes das até agora vias sem custos para o utilizador (Scut). In Barlavento |
sábado, outubro 16, 2010
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