sábado, outubro 16, 2010

 Ainda a luta anti-portagens no Algarve

Protestos anti-portagens na Via do Infante vão chegar a Espanha

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Filipe Antunes Ver Fotos »
João Domingos, da Comissão de Utentes da Via do Infante, na manifestação anti-portagens

A Comissão de Utentes da Via do Infante/A22 promete internacionalizar a luta contra a introdução de portagens e vai estender os protestos à Andaluzia.
«Os espanhóis nem sequer se aperceberam das portagens, porque do lado de lá da fronteira, não se paga até Madrid. Não se justifica comprar um chip só para entrar em Portugal», explicou ao barlavento João Domingos, na passada sexta-feira, dia 8, durante a manifestação, enquanto empunhava um megafone.

Caso as portagens sejam implementadas, a única fronteira terrestre do Algarve conduzirá, aliás, os automobilistas para um troço pago, já que o quilómetro zero da A22 é o próprio posto de fronteira.

Além disso, o também membro do movimento anti-portagens diz que todo o comércio raiano está em risco, em especial os restaurantes de Castro Marim e Vila Real de Santo António, muito procurados por andaluzes.

Da mesma forma, diz que as empresas de transporte de mercadorias e passageiros irão ter «encargos pesadíssimos», visto que as portagens tendem a ser mais caras para as classes de veículos pesados.

Igualmente ouvida pelo «barlavento», a manifestante Sílvia Portal alertou para o facto de muitas PME dependerem da A22 para as deslocações diárias e alertou que, enquanto estudante, usou diariamente aquela estrada entre Portimão e Loulé.

Caso este percurso fosse cobrado, a despesa diária ultrapassaria os sete euros.
Filipe Antunes
In Barlavento 

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