"Banqueiros são os mandantes do Orçamento"
Francisco Louçã denuncia que garante 20 mil milhões de euros de garantias para qualquer operação financeira que os bancos possam fazer, ao mesmo tempo que reduz salários e ataca direitos.
O presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, ladeado por Fernando Ulrich, do Banco Português de Investimento, de Faria de Oliveira, da Caixa Geral de Depósitos, e de Santos Ferreira, do BCP, fala aos jornalistas após a reunião com Pedro Passos Coelho, na sede do PSD, Lisboa, 13 outubro 2010. JOSE SENA GOULAO / LUSA
O coordenador da comissão política do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, acusou os dirigentes dos quatro principais bancos portugueses de serem os promotores, se não os mandantes, de um orçamento que reduz os salários para lhes dar garantias para qualquer operação financeira.
A reunião dos banqueiros com o líder do PSD e com o ministro das Finanças foi uma “embaixada de quatro reis magos que deambulavam por aí, de uma sede partidária para um ministério à procura da gruta de Belém donde pudessem adorar o menino, o menino do Orçamento”, ironizou Francisco Louçã, lembrando que “nos últimos dez anos ficaram nos bolsos dos bancos dez mil milhões de euros de impostos não pagos, o maior assalto que a economia portuguesa já conheceu”.
“A melhor forma para assaltar a economia é a partir do sistema financeiro”
Para Louçã, que falou no encerramento da conferência “Nato para quê?”, promovida pela Cultra, a proposta do Orçamento do Estado apresentada pelo Governo “garante vinte mil milhões de euros de garantias para qualquer operação financeira que [os bancos] possam fazer, reduzindo os salários, evidentemente”. E acrescentou: “A melhor forma para assaltar a economia é a partir do sistema financeiro, e isso é o que está a acontecer”, sustentou.
Ao mesmo tempo, o Orçamento ataca os direitos dos mais pobres – retira o o abono de família, as bolsas, promove o aumento de IRS para quem recebe 530 euros de rendimento colectável
Portugal, advertiu Louçã, será o 3º pior dos 183 países na resposta à crise. O Orçamento terá como consequência maior desemprego, maior desagregação social.
O deputado do Bloco de Esquerda apelou à mobilização para a greve geral marcada para 24 de Novembro, evocando o bom exemplo vindo de França, assim como à participação em iniciativas de contestação à cimeira da Nato, que decorrerá a 19 e 20 de Novembro.
Esquerda.net
A reunião dos banqueiros com o líder do PSD e com o ministro das Finanças foi uma “embaixada de quatro reis magos que deambulavam por aí, de uma sede partidária para um ministério à procura da gruta de Belém donde pudessem adorar o menino, o menino do Orçamento”, ironizou Francisco Louçã, lembrando que “nos últimos dez anos ficaram nos bolsos dos bancos dez mil milhões de euros de impostos não pagos, o maior assalto que a economia portuguesa já conheceu”.
“A melhor forma para assaltar a economia é a partir do sistema financeiro”
Para Louçã, que falou no encerramento da conferência “Nato para quê?”, promovida pela Cultra, a proposta do Orçamento do Estado apresentada pelo Governo “garante vinte mil milhões de euros de garantias para qualquer operação financeira que [os bancos] possam fazer, reduzindo os salários, evidentemente”. E acrescentou: “A melhor forma para assaltar a economia é a partir do sistema financeiro, e isso é o que está a acontecer”, sustentou.
Ao mesmo tempo, o Orçamento ataca os direitos dos mais pobres – retira o o abono de família, as bolsas, promove o aumento de IRS para quem recebe 530 euros de rendimento colectável
Portugal, advertiu Louçã, será o 3º pior dos 183 países na resposta à crise. O Orçamento terá como consequência maior desemprego, maior desagregação social.
O deputado do Bloco de Esquerda apelou à mobilização para a greve geral marcada para 24 de Novembro, evocando o bom exemplo vindo de França, assim como à participação em iniciativas de contestação à cimeira da Nato, que decorrerá a 19 e 20 de Novembro.
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