domingo, outubro 31, 2010

Dirigentes da REN acusados no âmbito do Face Oculta continuam em funções

Três altos quadros da REN agora acusados de vários crimes, entre os quais corrupção para acto ilícito, participação económica em negócio e abuso de poder, continuam em funções.
O então presidente da REN-Redes Eléctricas Nacionais, José Penedos, é acusado de dois crimes de corrupção para acto ilícito e dois de participação económica em negócio. Foto de Mafalda Leitão, Lusa.
O então presidente da REN-Redes Eléctricas Nacionais, José Penedos, é acusado de dois crimes de corrupção para acto ilícito e dois de participação económica em negócio. Foto de Mafalda Leitão, Lusa.
O Público de sábado divulga que Victor Baptista, director-geral da REN-SGPS, Fernando Santos, administrador da REN Trading, e Juan Oliveira, da Divisão Comercial, mantêm-se em funções apesar de terem sido constituídos arguidos e agora serem acusados de vários crimes. Das auditorias promovidas pela REN após a abertura do processo face Oculta não resultou qualquer sanção para estes três quadros.
No despacho de encerramento do processo Face Oculta, o procurador Carlos Filipe salienta a "absoluta ausência de mecanismos de controlo", quer do património das empresas, quer dos contratos celebrados pela REN, Refer e Estadas de Portugal (EP). Esta informação é negada pela REN, que garante que a nova administração introduziu alterações que colocam a sociedade "em linha com aquelas que são as melhores práticas a nível europeu".
O procurador sublinha ainda que a REN saiu prejudicada em vários negócios com a O2, mas que não houve qualquer queixa por parte da REN, pelo que os processos foram arquivados.O mesmo acontece com a Refer e EP.
Na EP, quatro quadros da empresa foram sancionados, um dos quais com despedimento com justa causa, enquanto que, na Refer, que conta com sete funcionários entre os acusados do caso Face Oculta, apenas um já não está na empresa, sendo que o inquérito instaurado, conduzido por um instrutor externo, resultou na abertura de diversos processos disciplinares, alguns com a intenção de despedimento. Segunda a REN, estes processos encontram-se “ainda pendentes para decisão final, situação que, por ora, inviabiliza a Refer de prestar quaisquer informações adicionais".

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